quarta-feira, 20 de maio de 2009

MST considera programa Bolsa Família importante, porém limitado

O governo federal quer, ainda neste ano, incluir todos os sem-terra no programa Bolsa Família. Com isso, os acampados deixariam de receber as cestas básicas. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), as políticas públicas que ajudem a resolver os problemas emergenciais das famílias de trabalhadores são importantes, no entanto, considera que programas de assistencialismo, como o Bolsa Família, são limitados.
De acordo com o integrante da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues, o que melhor ajudaria as famílias é um programa de reforma agrária. Ele ressaltou que os sem-terra não vão abrir mão do Bolsa Família, mas fez a crítica:
“Nós achamos que isso cria uma dependência econômica aos programas sociais do governo federal. Em nossa avaliação, o governo deveria fazer com que os assentamentos sejam produtivos para vender os seus produtos e que as famílias que estão em acampamentos possam avançar para assentamentos, com a perspectiva de avançar em sua produção.”
Em 2008, o governo distribuiu cerca de 920 mil cestas de alimentos para 220 mil famílias acampadas. A média foi de uma cesta básica a cada quatro meses. Com o Bolsa Família, a distribuição do benefício será em dinheiro e mensal.Para incluir novos cadastros no programa Bolsa Família, o orçamento de 2009 será ampliado em R$ 400 milhões, atingindo quase R$ 12 bilhões.
Fonte: Radioagência NP, Desirèe Luíse. (www.radioagencianp.com.br)

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