Além de ser palco das mais diversas manifestações artísticas, o Memorial de Caruaru também ilustrou por dois anos a rica e inesgotável história da Capital do Agreste. Implantado no dia 18 de maio de 2000, no antigo Mercado de Farinha, Centro, pelo então governo João Lyra Neto, o local representava um patrimônio vivo da cidade. Porém, os caruaruenses não tiveram muito tempo de apreciar o extenso leque cultural proporcionado pelo museu.
No intuito de promover a revitalização da localidade, o ex-prefeito Tony Gel - substituto de Lyra - decidiu paralisar, em meados de 2002, as atividades do Memorial. Contudo, as obras que deveriam reestruturar o espaço ficaram apenas no papel. “Detectamos, na época, que a parede do Memorial estava para ruir, então decidimos fechá-lo. Entretanto, tivemos dificuldades na contratação de uma empresa para recuperar o museu. Então, desenvolvemos um projeto para que entrasse em licitação já na gestão do meu sucessor”, explica Tony.
Para resgatar a memória do município comprometida por quase sete anos, o atual chefe do Executivo José Queiroz, planejou ações emergenciais para reorganização do Memorial de Caruaru. Em visita ao museu, em janeiro deste ano, com integrantes de sua equipe de governo e o engenheiro e consultor técnico Cláudio Mota, Queiroz constatou a precária situação em que se encontra o patrimônio. O aspecto de abandono era total. Contudo, após a conclusão de um laudo técnico elaborado por Mota, finalmente a população poderá utilizar o Memorial, pois a PMC já iniciou as obras de reestruturação do local.
“Como o Memorial de Caruaru ficou paralisado por vários anos, já que o último governo declarou que a cidade não possuía pessoas habilitadas para realizar esse tipo de trabalho, houve uma degradação interna do piso e uma das paredes do mesmo ficou bastante danificada. Mas estamos recuperando em caráter de urgência o local que representa um verdadeiro retrato da cidade, através de exposições de fotografias e objetos históricos”, afirma o secretário de Infraestrutura e Políticas Ambientais, Kiko Beltrão. De acordo com ele, o espaço poderá ser reinaugurado no dia 18 de maio - data que marcará os 152 anos de emancipação política da cidade.
O presidente da Fundação de Cultura e Turismo, José Pereira, revela as novidades que serão implantadas no Memorial. “Primeiro, estamos dotando-o de total infraestrutura. Assim que o local for reaberto, faremos também uma bela campanha no município com o propósito de enriquecermos o acervo do espaço, através de exposição de mais fotografias, livros e depoimentos da própria população sobre a cidade. Ainda implantaremos um calendário fixo no intuito de realizarmos eventos culturais, como por exemplo, lançamentos de livros e CDs”, revela. Após a sua reabertura, o Memorial funcionará de terça a domingo, das 9h às 17h.
Presidente da Câmara critica fechamento do Memorial
Músico e presidente da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, Rogério Meneses explana os prejuízos gerados à cultura local, após a paralisação do Memorial de Caruaru. “Disseram que o entregariam revitalizado. Porém, o deixaram abandonado por muito tempo. Essa atitude foi muito ruim para os artistas da terra. Apresentações e exposições foram canceladas. A cultura da cidade ficou enfraquecida”, lamenta.
“Logo no primeiro mandato, o governo Tony Gel, além de prometer que iria revitalizar o Memorial, afirmou ainda que construiria o Teatro Municipal. Mas não cumpriram com o que prometeram. Eles foram negligentes não só com esses dois espaços, mas também com a Casa da Cultura José Condé e o próprio São João de Caruaru. Mas a Câmara está à disposição do prefeito José Queiroz e está dando total apoio para que os aspectos culturais sejam novamente valorizados na cidade”, complementa Meneses.
Beco da Farinha passará por reformulação
A Prefeitura de Caruaru também implantará modificações no popularmente conhecido Beco da Farinha - interligado ao MAemorial de Caruaru. Após as reformas, o Beco se tornará em mais um ponto cultural do município. “Já conversei com os 12 comerciantes que possuem os seus estabelecimentos naquela localidade e ficou definido que vamos humanizar o espaço por meio da instalação de jardineiras com bancos de praça e lampiões. Construiremos ainda um quiosque intitulado de “Café Cultural”, onde haverá um painel no ‘oitão’ do museu denominado “Painel de Leitura do Cidadão”. Lá, colocaremos em exposição os principais jornais do Estado, dentre eles o VANGUARDA”, informa Pereira.
“O Beco da Farinha passará a ser chamado de Beco Cultural. Além de repaginação, incentivaremos também àqueles comerciantes a fazerem parte do Polo de Gastronomia, já que uma praça de alimentação a céu aberto deverá ser construída no local”, acrescenta o secretário de Infraestrutura e Políticas Ambientais Kiko Beltrão. Segundo ele, as obras devem ser iniciadas no próximo mês com término previsto para junho deste ano.
Publicado por Comunicação Social/MinC
Categoria(s): Na Mídia
Tags: artesanato, Cultura Popular, museu, Na Mídia
Nenhum comentário:
Postar um comentário