
Por: Tayse Falcão – estudante de Jornalismo
O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss, que morreu na madrugada do domingo (1/11), tendo a notícia confirmada ontem pela Academia Francesa, deixou um legado importante para as ciências humanas e para pesquisadores de todo o mundo. Considerado o Pai da Antropologia Moderna, Lévi-Strauss contribuiu de forma decisiva para o estabelecimento do estudo moderno das relações entre os homens e da cultura humana.
Parte desse legado foi construído no Brasil. Viveu no Brasil entre 1935 e 1939, realizando pesquisas junto a tribos indígenas e lecionando na então recém-criada Universidade de São Paulo (USP), da qual recebeu o título de Doutor Honoris Causa. Estudou na Universidade de Paris e demonstrou verdadeira paixão pelo Brasil, conforme registrado em sua obra de sucesso “Tristes Trópicos”.
Em suas pesquisas aqui no Brasil, Lévi-Strauss conduziu projetos etnográficos no Mato Grosso e Amazônia. Viveu entre os índios gaycuru e bororo, mas foi sua experiência entre os nambikwara e tupi-kawahib que consolidou sua identidade como antropólogo. As expedições estão registradas no livro Tristes Trópicos (1955), uma autobiografia intelectual do autor.
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